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Divulgada Dinâmica do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa em 2014
25.04.2014Divulgada Dinâmica do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa em 2014
A Coordenação de Formação Continuada da Secretaria de Educação Básica do MEC divulgou a dinâmica do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa em 2014, especificando aspectos como a carga horária, adesão de municípios, seleção de professores e orientadores, pagamento das bolsas, cronograma etc. Neste ano, a duração do curso será de 160 horas, com o aprofundamento e ampliação dos temas tratados em 2013, com ênfase na articulação entre Matemática e Língua portuguesa.
A recomendação do MEC é que o Professor Alfabetizador que tenha concluído a formação em Linguagem em 2013 permaneça atuando em turmas do Ciclo de Alfabetização em 2014 (turmas do 1º, 2º, 3º ano e multisseriadas/multietapa) e, se possível, continue participando do Pacto na condição de bolsista ou não bolsista, visando assegurar a continuidade dos trabalhos durante os três primeiros anos do ensino fundamental.
A duração do curso para os Orientadores de Estudos neste ano será de 200 horas, com a realização de encontros presenciais ao longo do ano letivo. As IES, por sua vez, ficarão responsáveis por promover reuniões com os coordenadores locais, com carga horária total de 40 horas, distribuídas a critério das IES e comunicadas com antecedência mínima de 30 (trinta) dias aos Coordenadores Locais. Os encontros estão previstos para maio, junho, agosto e novembro, e o Seminário Final, para dezembro de 2014.
Conforme previsto, os participantes da Formação receberão bolsa do FNDE durante todo o período efetivo de realização dos cursos, considerando a avaliação e aprovação no SisPacto e a inexistência de pendências no Sistema Geral de Bolsas. Para conferir os valores
VIII COLÓQUIO INTERNACIONAL EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE
24.03.2014O Grupo de Pesquisa Educação e Contemporaneidade (EDUCON) tem a honra de convidar Vossa Senhoria para participar do VIII COLÓQUIO INTERNACIONAL EDUCAÇÃO E CONTEMPORANEIDADE –que se realizará nos dias 18 A 23 de setembro de 2014, evento que já constitui como políticas acadêmicas da Universidade Federal de Sergipe.
Em breve o site:
http.www.educonse.com.br/viiicoloquio, estará disponível para as inscrições.
http://educonse.com.br/viiicoloquio/ Sexta edição do Seminário do CEEL termina com fortalecimento e integração de educadores
18.03.2014Foto: Marcos Roberto
O VI Seminário de Estudos em Educação e Linguagem terminou na última quinta-feira (13), deixando um forte sentimento de integração, colaboração e motivação entre as centenas de educadores que participaram do evento. De acordo com a coordenadora do Centro de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL), Profa. Telma Ferraz Leal, o objetivo foi alcançado: “O Seminário proporcionou o fortalecimento das articulações entre universidades, governo e secretarias e a valorização das trocas e dos conhecimentos de professores do Ensino Básico e dos pesquisadores do Ensino Superior”, destacou.
A professora de São Sebastião do Umbuzeiro, no sertão da Paraíba, Albenice da Silva Alves, que apresentou relato durante o evento, elogiou a programação e disse ter aprendido muito. “Vou levar para a sala de aula, aos meus alunos do 1° ano A, as trocas de experiências que vivi neste Seminário”, afirmou. Já a professora Jaciane Araújo, de Jupi, no agreste pernambucano, destacou a riqueza do encontro: “É muito bom poder compartilhar dos conhecimentos dos pesquisadores e formadores experientes que se apresentaram neste evento”.
O VI Seminário de Estudos em Educação e Linguagem aconteceu de 11 a 13 de marco, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda (PE), reunindo educadores de 19 estados brasileiros, entre professores, pesquisadores e estudantes de Pedagogia (graduação e pós graduação) e áreas afins, para discutir melhorias na Educação Básica no País. Nesta edição um dos focos temáticos principais foi a formação continuada de professores, sobretudo através dos 80 relatos de experiência dos participantes do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
“O Pacto veio para nortear o caminho do professor, proporcionando – por exemplo - orientações sobre o processo avaliativo, o ambiente alfabetizador e as rotinas”, ressaltou a professora de Caruaru Dayse Katharina Patriota. Para Lucicleide da Silva, de Arapiraca, o Programa trouxe mais planejamento e socialização, além de trazer uma reflexão sobre a importância da integração do programa com as propostas curriculares dos municípios. “O Pacto fez com que ‘os livros saíssem das caixas’ para a maioria”, acrescentou.
A programação do evento incluiu, além dos relatos, palestras, oficinas, exposições de jogos didáticos (elaboradas por estudantes de Pedagogia) e atrações culturais. Entre as temáticas, aspectos da educação e linguagem na Educação Infantil, de jovens e adultos, além de questões étnicos-raciais e de materiais didáticos, tecnologia, gênero, avaliação, entre outros. “A avaliação externa sem clara e prévia definição do currículo é perversão pedagógica. Além disso, o estabelecimento de currículos implica negociação, e não imposição, como desejam muitos grupos privados”, observou o Professor Artur Gomes de Morais (UFPE/CEEL) na mesa de encerramento.
A Educação no campo, tão pautada nas mídias nas últimas semanas, também foi ponto alto da programação. As professoras Carolina Figueiredo de Sá e Viviane Dourado (UFPE), que ministraram oficina no evento, demonstraram otimismo diante das contribuições. “É gratificante ouvir depoimentos positivos dos professores em relação aos desafios e às heterogeneidades de saberes, culturas e idades das turmas multisseriadas, que - vale destacar – não são exclusivas delas”, observou Carolina Sá.
Outro aspecto de destaque do evento – que teve toda a sua programação mediada por intérpretes de libras e áudio-descritores à disposição - foi o da inclusão, a exemplo da mesa temática voltada para a alfabetização dos surdos. A expositora Heloísa Andréia de Matos Lins (UNICAMP) destacou a importância da cultura visual para os surdos (assim como para os ouvintes) na apropriação da língua. “Precisamos reivindicar escolas e classes, de fato, bilíngues, com profissionais qualificados para essas crianças”, observou.
O Seminário de Estudos em Educação e Linguagem é uma promoção bianual do CEEL/UFPE, em parceria com o Ministério da Educação (MEC). Com a participação de representantes do Governo Federal, Universidades e Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, o evento deste ano comemorou, em especial, o aniversário de dez anos do Centro de Estudos em Educação e Linguagem, enquanto núcleo de pesquisa e extensão reconhecido na melhoria da formação docente.
Últimas mesas do Seminário discutem educação inclusiva e políticas de avaliação
14.03.2014As mesas temáticas que marcaram o encerramento do VI Seminário de Estudos em Educação e Linguagem trouxeram debates importantes sobre a educação inclusiva e políticas de avaliação, além da leitura e linguagem oral em espaços escolares, não escolares e no campo. Com a presença de intérpretes de libras, que atuaram na acessibilidade comunicacional ao longo de toda a programação do evento, e a demonstração dos áudio-descritores, a mesa “Linguagem e Educação Inclusiva”, reuniu vários educadores e profissionais de áreas afins para se discutir a alfabetização e o letramento de crianças com deficiência.
A expositora Heloísa Andréia de Matos Lins (UNICAMP) destacou a importância da cultura visual para os surdos na apropriação da língua, mencionando que há uma falta de compreensão dos gestores em relação à história de letramento dos deficientes auditivos, que é diferente das pessoas ouvintes. “Precisamos reivindicar escolas e classes, de fato, bilíngues, com profissionais qualificados – sejam professores surdos ou bilíngues - responsáveis pela educação dessas crianças”, observou.
A professora Wilma Pastor (UFPE/CEEL) enfatizou a importância da educação bilíngue para o entendimento do mundo pelos surdos, esclarecendo que a língua de sinais deve ser considerada a primeira língua dos mesmos, e a língua oficial do país, a segunda. “É importante entender que elas são de naturezas diferentes e, por isso, as estratégias de ensino para os surdos devem ser diferentes. Por exemplo: uma parlenda pode fazer sentido para um ouvinte, mas não para um surdo”, explicou. Já Tícia Ferrro Cavalcante (UFPE/CEEL) finalizou a mesa, abordando o processo pedagógico e a deficiência cognitiva para crianças com síndrome de down. “Não existe receita pronta, o importante é construir uma pedagogia a partir as possibilidades e potencialidades de cada criança”, ressaltou a professora.
A mesa de encerramento do Seminário discutiu, por fim, as políticas de avaliação em linguagem, com as contribuições do coordenador de desenvolvimento de pesquisas no CENPEC, Antônio Batista, e os professores da UFPE/CEEL, Artur Gomes de Morais (UFPE/CEEL) e Magna do Carmo da Silva Cruz. Foram discutidos aspectos da eficácia e do papel das avaliações externas, a relação com os currículos, os indicadores e a participação dos docentes e gestores nos processos de construção.
“A avaliação sem clara e prévia definição do currículo é perversão pedagógica. Além disso, o estabelecimento de currículos implica negociação, e não imposição, como desejam muitos grupos privados”, observou Artur Morais. Ainda de acordo com ele, ainda que esteja se aprimorando, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa já representa uma novidade no que diz respeito à clara definição de direitos de aprendizagem para cada ciclo de alfabetização e levantou uma discussão importante do ensino e da avaliação da alfabetização em sentido amplo.