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Sequências didáticas são destaques da manhã do último dia do Seminário
14.03.2014Foto: Marcos Roberto
Foi com as boas vindas do conto poético “O trem de Ascenso e outras histórias”, que os participantes do VI Seminário de Estudos em Educação e Linguagem chegaram ao hall do Centro de Convenções de Pernambuco, nesta quinta-feira (13) pela manhã, para conferir o último dia de programação. As sequências didáticas e a ludicidade estavam entre os principais assuntos abordados nas apresentações.
Participaram dos relatos de experiências professores municipais de vários estados do Brasil, inclusive de zonas rurais. Havia expositores das Secretarias Municipais de Coruripe (AL), João Alfredo (PE), Nova Olinda (CE), Santana da Mangueira (PB), São Sebastião do Umbuzeiro (PB), Santa Cruz (PE), Maceió (AL), Cabo de Santo Agostinho (PE), Recife (PE), Olinda (PE), João Pessoa (PB), Caruaru (PE), Condado (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE), Camaragibe (PE), Santana do Ipanema (AL), Jupi (PE), Craíbas (AL), Amaraji (PE), Malta (AL) e Sertânia (PE).
No relato “Brincadeiras na Alfabetização”, a professora Albenice Rufino Alves falou da sua experiência positiva com o resgate de brincadeiras e brinquedos infantis entre alunos do 1° ano de São Sebastião do Umbuzeiro. “Os materiais do Pacto proporcionaram o uso de atividades diferenciadas, que podemos adaptar para diferentes séries”, ressaltou. Já a professora Jaciane Araújo, do município de Jupi, enfatizou a importância da ludicidade, com objetivo, adaptada ao contexto dos alunos. “Temos que saber adaptar o jogo à turma, às suas especificidades e diferentes níveis”, afirmou.
À tarde, a exposição de jogos mostrou como utilizar lógicas do boliche, bingo, dominó e amarelinha, na apropriação do sistema de escrita alfabética e na ortografia. Em seguida, as mesas temáticas abordaram a linguagem oral, educação no campo, leitura e educação inclusiva. A alfabetização e o letramento de crianças com deficiência foi destaque na mesa composta por Heloísa Andréia de Matos Lins (UNICAMP), Wilma Pastor (UFPE/CEEL) e Tícia Ferrro Cavalcante (UFPE/CEEL).
Seminário promove mais debates com mesas temáticas, comunicações e jogos
13.03.2014Foto: Marcos Roberto
A tarde do segundo dia de programação do VI Seminário de Estudos em Educação e Linguagem trouxe centenas de palestrantes, expositores e ouvintes ao Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Após os 10 relatos de experiências docentes, marcados pela socialização entre os professores em relação às vivências nas formações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, os participantes puderam conferir os jogos elaborados por alunos de Pedagogia da UFPE e UFRPE.
Cerca de 40 jogos didáticos, com ênfase na apropriação do sistema de escrita alfabética, na ortografia e na inclusão, estão sendo expostos ao longo do Seminário. De acordo com a estudante Lis de Gusmão Lino, que apresentou, juntamente com sua equipe, os jogos “Lacunado ortográfico” e “Trilha de rimas”, a iniciativa mostra como é importante trabalhar com conteúdos de alfabetização de forma lúdica, para se alcançar um melhor resultado. “É sempre bom reforçar esse recurso didático, tão importante e eficaz na prática do ensino”, observou.
À tarde, as mesas temáticas abordaram os seguintes assuntos: “Produção de textos em espaços escolares e não escolares”, com as professoras Otília Heinig (FURB), Cancionila Cardoso (UFMT) e Ana Lima (UFPE/CEEL); “Linguagem no contexto da Educação Infantil”, com Denise Carvalho (UFRN), Mônica Baptista (UFMG) e Alexsandro da Silva (UFPE/CEEL); “Literatura em espaços escolares e não escolares”, com Socorro de Fátima Barbosa (UFPB), Rildo José Mota (UFMG) e Ester Rosa (UFPE/CEEL); e “Linguagem no contexto da Educação de Jovens, Adultos e Idosos”, com Maria Estela Campelo (UFRN), Leila Loureiro (Prefeitura do Recife) e Andréa Brito (UFPE/CEEL).
Sobre a literatura no ciclo de alfabetização, a professora Ester Rosa ressaltou que os textos literários contribuem para ampliar o repertório linguístico dos leitores, favorecendo uma leitura autônoma, e que não basta que a literatura esteja presente na escola. “É preciso pensar nas mediações pedagógicas que favoreçam uma efetiva “educação literária” e as orientações pedagógicas do Pacto podem auxiliar nisso”, afirmou.
A programação do seminário seguiu, após as mesas temáticas, com 10 comunicações orais, que abordaram os assuntos: alfabetização e letramento, análise linguística e educação básica, condições de produção de textos na escola, formação de professores, leitura na escola, linguagem na educação de jovens, adultos e idosos, linguagem oral e ensino, literatura em espaços escolares e não escolares e recursos didáticos na alfabetização.
Na sessão “Leitura na Escola” – com as exposições “A recepção dos livros do PNLD-Obras complementares por crianças”, com Amanda Kelly Ferreira e Telma Leal (UFPE), “Práticas docentes no ensino de leitura e relações com o currículo oficial”, com Edla Ferraz (Faculdade Anchieta e Escola Conviver) – foi lembrada pela debatedora, a professora Francisca Izabel Pereira (UFMG), a pesquisa sobre a avaliação da leitura no Brasil, na qual se levantou que o principal agente de formação, que antes eram os pais, passou a ser os professores.
Ainda nessa comunicação, Amanda Ferreira apresentou os critérios que as crianças se utilizam para dizer se gostam de um livro ou não. “Aspectos como as ilustrações, as rimas e os efeito de humor são os destaques”, afirmou. Já a professora Edla Ferraz analisou as práticas dos professores de Camaragibe em relação ao currículo oficial no que diz respeito à leitura, mostrando mais encontros que desencontros, mas alertando também para a necessidade de se equilibrar a aprendizagem do sistema de escrita e o desenvolvimento das estratégias de leitura na formação do leitor.
Debates em mesas e oficinas encerram programação do primeiro dia de Seminário
12.03.2014Foto: Marcos Roberto
Após a realização da mesa de abertura e a exposição de jogos didáticos, o VI Seminário de Estudos em Educação e Linguagem promoveu, nesta última terça (11), debates e trocas de experiências entre participantes e expositores das quatro mesas temáticas. Foram elas: “Alfabetização e Letramento”, com Margareth Brainer (UFRJ), Luciane Magalhães (UFJF) e Ana Carolina Brandão (UFPE); “Análise linguística na Educação Básica”, com Márcia Mendonça (UNICAMP), Clecio Bunzen Júnior (UNIVESP) e Ana Cláudia Pessoa (UFPE); “Linguagem, relações étnico-raciais e de gênero”, com Kassandra Muniz (UFOP), Jaileila de Araújo (UFPE) e Dayse Moura (UFPE); e “Linguagem e novas tecnologias”, com Danielle Rousy (UFPB) e Thelma Panerai (UFPE).
A Professora Jaileila de Araújo, que tratou das questões de gênero no âmbito do movimento juvenil do hip hop no contexto escolar, destacou a importância da perspectiva interseccional nesse debate, na tentativa de evitar o essencialismo e o determinismo. “As questões de gênero não são determinadas pelo marcador biológico e devem ser entendidas como categorias históricas. Devemos considerar os desdobramentos das desigualdades sociais que incidirão mais fortemente quando se está diante de mulheres que, por exemplo, são negras”, observou.
Ao final da tarde, foi a vez das atividades e discussões propostas pelas 12 oficinas do Seminário, com os seguintes temas: desafios da heterogeneidade no campo, música e dança, autobiografias no entendimento de si e do outro, leitura e escrita, obras complementares na alfabetização, livro de imagem, bibliotecas comunitárias, psicogênese, racismo e políticas de prisão, experiências de vídeo por professores, análise linguística e cartonaria. No auditório do Brum, onde se deu a oficina sobre a alfabetização em turmas multisseriadas, professores do Estado de Alagoas mostraram, com suas participações, que é possível e preciso, sim, alfabetizar no campo.
As professoras Carolina Figueiredo de Sá e Viviane Dourado (UFPE), que discutiram propostas para melhorias no ensino no campo, demonstraram otimismo diante das contribuições na oficina. “É gratificante ouvir depoimentos positivos dos professores em relação às heterogeneidades de saberes, culturas e idades das turmas multisseriadas, que - vale destacar – não são exclusivas delas; afinal, em turmas regulares isso também pode ser encontrado”, observou Carolina Sá.
Seminário ressalta história do CEEL em sessão comemorativa dos seus 10 anos
12.03.2014O aniversário de 10 anos do Centro de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL) é parte especial da programação do VI Seminário de Estudos em Educação e Linguagem. Para marcar a data, uma sessão comemorativa foi realizada na noite da última terça-feira (11), no Teatro Guararapes, com uma retrospectiva apresentada pela Professora Eliana Borges Albuquerque, acompanhada dos depoimentos da Coordenadora do Comitê Institucional de Formação Docente, Maria Luísa Aléssio, e da Professora Titular da UFPE, Licia de Souza Leão Maia.
“O CEEL se tornou ao longo desses 10 anos, além de um grande centro de formação e pesquisa em educação e linguagem, um centro de integração entre diversos departamentos da Universidade Federal de Pernambuco, além de universidades, Governo Federal, Secretarias de Educação Municipais e Estaduais”, observou Licia de Souza Leão. Ainda de acordo com a Professora, o CEEL é hoje uma referência nacional na elevação da qualidade do Ensino, não apenas no Ensino Básico, Fundamental ou Médio, mas também na Formação Acadêmica dos futuros professores, sejam eles estudantes de Graduação ou de Pós-Graduação.
O Centro de Estudos em Educação e Linguagem é um núcleo de pesquisa e extensão voltado para a melhoria da formação docente, que trabalha na organização e promoção de cursos e ações, e no planejamento de propostas curriculares, avaliações de rede, produção de livros, vídeos e jogos didáticos, além de prestar assessoria a secretarias de educação e participar de programas de avaliação e produção de material didático, de eventos científicos, e integra programas em âmbito nacional, a exemplo do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
É composto hoje por uma equipe de professores da graduação e pós-graduação, além de alunos envolvidos com formação e pesquisa na área de Educação, Linguagem e Ensino de Língua Materna, compreendendo formadores e pesquisadores vinculados a diferentes universidades do país, entre elas: UFPE,UFRPE, UFPB, UFRN e UFRJ.